Como já dizia o saudoso Chorão: “Me encontra, ou deixa eu te encontrar, ou me encontra”…
Cadê você? Metade da laranja/tampa da panela/pé cansado para o chinelo velho/alma gêmea/príncipe encantado, ou seja lá quem você for! Você não acha que já não passou da hora de me encontrar ou deixar que eu te encontre não? Porque só quero te lembrar que estou cansada de esperar, está ficando cansativo por aqui.
Quero amor, amor e amarras. Sabe aquele amor que a gente não tem vontade de sair de perto nunca? Eu quero perder o prumo, o foco, o rumo, o chão, quero aquele frio na barriga, a espera insana por uma mensagem ou ligação, quero não querer sair de perto, quero perder o ar, quero o limite e os extremos, quero beijos mais quentes e amores mais lentos e duradouros, porque eu sinto falta disso, sinto falta de alguém que me tire o chão. Porque, em meio a um mundo onde todos querem fazer o outro perder o chão, mas em que não estão dispostos a se perderem e nem se doarem um pouquinho que seja pelo outro, ou onde ninguém mais quer se arriscar, sofrer, ou se machucar, eu decidi que eu quero, e quero não porque preciso que alguém que me complete, eu já sou inteira, mas quero alguém que venha somar e agregar mais alegria aos meus dias.
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Quero ter coragem de largar tudo por alguém, quero mudar de cidade, de país, de língua, quero me perder e me encontrar, tudo ao mesmo tempo, quero fazer tudo que nunca fui capaz de fazer por alguém e quero amar como nunca amei. Quero sair do meu comodismo, sair de minha zona de segurança. Vamos nos permitir, experimentar por completo aquele amor que algum tempo você só se permite sonhar porque tem medo de que vá doer e te fazer sofrer. Veja bem, a vida é uma só. Qual a graça de viver sem nenhum risco em uma bolha onde não saberemos quais são as tristezas e as delícias de se viver um grande amor?
É claro que a gente sonha com alguém que se jogue nessa loucura com a gente, porque amar sozinho tem lá seu toque de poesia, mais na prática doí e doí muito! Então, é claro que sonhamos com alguém que, como eu já dizia para a uma velha amiga: alguém que mergulhe de cabeça na pocinha. Mas não dá pra saber como será essa história, não dá pra começar nenhuma história pelo final não é? Talvez até esse seja o real charme de se apaixonar, porque quando fazemos isso estamos deixando a parte mais insegura de nós exposta e isso pode ser a coisa mais difícil de fazer nesses tempos de “amores” de uma única noite. Mas, ainda assim, com todos os riscos, eu digo e repito: apaixonem-se e percam a cabeça. Afinal, amigas, não há nenhuma dor que não se cure com tempo, com uma xícara de chocolate ou uma boa dose de vodca.
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