Representatividade importa. Essa é uma das frases mais propagadas dentro do feminismo negro, e uma das mais necessárias. A população negra (incluindo os que se declaram pardos), corresponde a mais de 50% da população brasileira, entretanto não está presente nos telejornais (com poucas e raríssimas exceções), nas novelas (a não ser em papeis socialmente subalternos e estereotipados) e na mídia em geral, o que acaba reforçando o preconceito no nosso país, que tenta vender o mito da “democracia racial” e usa como um de seus argumentos furados a miscigenação do povo.
Mas vamos falar de força e poder: as feministas negras tem um papel importantíssimo na luta pela igualdade, considerando o recorte racial, uma vez que são oprimidas duplamente (por serem mulheres e negras). Militância virtual é relevante e traz resultados, sim: um dos mais recentes exemplos foi que os negros ativistas da internet conseguiram, através de protestos nas redes sociais, impedir a encenação da peça “A mulher do trem”, da companhia teatral “Os fofos encenam”, por ser de teor racista (blackface). As manifestações surtiram efeito e no lugar da apresentação, o Itaú Cultural, patrocinador da peça, promoveu um debate sobre o tema.
Agora chega de papo. Convido você, leitora, a conhecer de perto cada uma dessas guerreiras incríveis que representam as mulheres negras (somos 26% da população). Ler seus textos, entender melhor suas ideias e, principalmente, acompanhar essa militância nas redes sociais (todas têm Facebook) ♥
1. ANDREZA DELGADO:
Estudante de letras, militante do Movimento Negro da USP e colaboradora da Capitolina, uma revista online independente voltada para adolescentes e o empoderamento feminino.
Leia textos dela aqui.
2. DJAMILA RIBEIRO:
Feminista, mestranda em Filosofia e escreve para o blog Escritório Feminista da Carta Capital.
Leia textos dela aqui.
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3. ELLEN PAES:
Mãe da Valentina. Mulher cheia de esperança em um mundo melhor. Fala, escreve demais e não tem vergonha de assumir o que pensa ou sente. É jornalista e colunista do Leilas – feminismo e cultura pop.
Leia textos dela aqui.
4. LAURA ASTROLABIO:
Formada em direito desde 2004, milita na área do Direito Público (especificamente na defesa dos direitos de servidores públicos federais). Uma mulher revolucionária, que nunca se conformou com injustiças de qualquer natureza. Escreve para o “Blogueiras Negras” e para o “Imprensa Feminista”.
Leia textos dela aqui.
5. LUANA TOLENTINO:
Professora de história, torcedora do Atlético Mineiro e militante desde 2008, trabalha com vários projetos que abordam a questão racial na escola. Foi empregada doméstica dos 13 aos 18 anos. Colaboradora do site Viomundo.
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6. STÉPHANIE DE ARAÚJO:
Estudante de Direito, tem 18 anos e é bolsista do ProUni. Militante do Movimento Negro. Mora em São Paulo.
7. STEPHANIE RIBEIRO:
Estudante de Arquitetura e Urbanismo na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, é a única aluna negra da sua turma. Sua militância é intensa nas redes sociais. Tem textos publicados em vários sites, como Revista Fórum, Festival Marginal e Geledés.
Leia textos dela aqui.
8. VERIDIANE VIDAL:
Tem 21 anos e mora em Belo Horizonte. Idealizadora da página Ori Odara – que surgiu do desejo e da necessidade de falar do cabelo crespo e dos turbantes como um ato de empoderamento e resistência negra.
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